João 20. 22 "Soprou sobre eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo".

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Contexto histórico

O Evangelho de João, um dos quatro Evangelhos do Novo Testamento da Bíblia Cristã, foi escrito em um contexto histórico e cultural específico. Aqui estão alguns pontos-chave desse contexto:
Datação e Autoria: Embora a data exata da escrita do Evangelho de João seja debatida entre os estudiosos, geralmente é colocado entre os anos 90 e 110 d.C. Quanto à autoria, tradicionalmente é atribuído ao apóstolo João, embora muitos acadêmicos modernos questionem isso, considerando que a autoria pode ser de uma comunidade cristã associada a João.
Cenário Judaico e Romano: O Evangelho de João foi escrito em um período em que o Judaísmo e o Cristianismo estavam se separando como religiões distintas. A relação entre a comunidade cristã e a comunidade judaica estava se tornando cada vez mais tensa. Além disso, o contexto romano é importante, já que a Palestina estava sob domínio romano na época, o que influenciou aspectos políticos e sociais.
Contexto Teológico: O Evangelho de João apresenta uma teologia distintamente diferente dos outros evangelhos. Ele enfatiza a divindade de Jesus de uma maneira mais explícita do que os Evangelhos Sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas), e aborda questões teológicas como a relação entre Jesus e Deus de forma mais detalhada.
Polemicas e Conflitos: O Evangelho de João reflete os conflitos enfrentados pela comunidade cristã no final do primeiro século, tanto dentro da comunidade judaica quanto com as autoridades romanas. Isso é evidente nas discussões sobre a rejeição de Jesus pelos líderes religiosos judeus e nas referências aos desafios enfrentados pelos cristãos em um ambiente hostil.
Aspectos Culturais e Simbólicos: O Evangelho de João incorpora uma série de imagens e símbolos que seriam familiares ao público de sua época. Por exemplo, utiliza imagens como o pastor e suas ovelhas, a luz e as trevas, o pão da vida, entre outros, para comunicar importantes verdades teológicas.
Em resumo, o Evangelho de João foi escrito em um contexto de conflitos teológicos, sociais e políticos, refletindo os desafios enfrentados pela comunidade cristã no final do primeiro século, tanto dentro da comunidade judaica quanto em relação às autoridades romanas. Ele também apresenta uma teologia distintiva que enfatiza a divindade de Jesus de maneira explícita.
1. Quem é o autor do livro no qual estou pregando? (autoria)
2. Quando esse livro foi escrito? (datação)
3. Qual é a situação dos leitores e do escritor da passagem? (contexto)
A passagem de João 20:19-31 descreve os eventos que ocorreram logo após a ressurreição de Jesus e inclui a aparição de Jesus aos discípulos reunidos e a subsequente aparição a Tomé. Aqui está o contexto da situação dos leitores e do escritor:
Leitores: Os leitores para os quais o Evangelho de João foi escrito incluem tanto os cristãos judeus quanto os gentios que compunham as comunidades cristãs do final do primeiro século. Eles eram pessoas familiarizadas com as tradições judaicas e com o contexto histórico e cultural do período.
Escritor (o autor do Evangelho de João): O autor do Evangelho de João, tradicionalmente atribuído ao apóstolo João, escreveu para uma comunidade cristã específica no final do primeiro século. Essa comunidade enfrentava desafios teológicos e enfrentava perseguição. O autor tinha como objetivo fortalecer a fé dos membros dessa comunidade e oferecer um relato da vida, ministério, morte e ressurreição de Jesus que os levasse a acreditar nele como o Messias e o Filho de Deus.
Situação dos Discípulos: No contexto da passagem específica de João 20:19-31, os discípulos encontram-se em Jerusalém, após a crucificação de Jesus. Eles estão reunidos em um lugar com medo dos líderes religiosos judeus e das autoridades romanas. Estão abalados pela morte de seu Mestre e podem estar cheios de dúvidas e incertezas sobre o que acontecerá a seguir.
Situação de Tomé: Tomé, um dos discípulos, não estava presente quando Jesus apareceu pela primeira vez aos outros discípulos ressuscitados. Ele expressou dúvidas sobre a ressurreição de Jesus, dizendo que precisava ver as marcas dos cravos e colocar a mão em seu lado para acreditar. Ele representa uma posição cética dentro da comunidade dos discípulos.
Portanto, no contexto de João 20:19-31, os leitores são membros das comunidades cristãs do final do primeiro século, o autor é o escritor do Evangelho de João, os discípulos estão reunidos em Jerusalém após a ressurreição de Jesus, cheios de medo e incertezas, e Tomé representa a dúvida cética dentro dessa comunidade. A passagem destaca a importância da fé na ressurreição de Jesus e como Jesus se revela aos discípulos para fortalecer sua fé e superar suas dúvidas.
4. Qual é a mensagem principal ou propósito do livro bíblico no qual estou pregando?
5. Qual aspecto cultural da passagem requer maior atenção?
Um aspecto cultural importante na passagem de João 20:19-31 é o entendimento das atitudes e perspectivas dos discípulos, especialmente em relação à ressurreição de Jesus, à luz das crenças e práticas judaicas da época. Aqui estão alguns pontos que merecem atenção:
Medo e Incerteza: Os discípulos estão reunidos em um lugar com as portas trancadas, com medo dos líderes religiosos judeus e das autoridades romanas (João 20:19). Esse medo reflete a tensão política e religiosa da época, quando os seguidores de Jesus poderiam enfrentar perseguição por sua associação com ele. Compreender o contexto de opressão romana e as expectativas messiânicas judaicas ajuda a entender a profundidade desse medo.
Aparição de Jesus Ressuscitado: Quando Jesus aparece aos discípulos, ele oferece palavras de paz e mostra-lhes suas mãos e seu lado, evidências de sua crucificação (João 20:20). Essa interação reflete a necessidade de reconhecimento visual e tátil para confirmar a identidade de Jesus e a realidade de sua ressurreição. Isso pode estar enraizado na cultura judaica da época, que valorizava a experiência sensorial como parte da confirmação de eventos ou da validade de uma revelação.
A Dúvida de Tomé: Tomé expressa dúvidas sobre a ressurreição de Jesus e afirma que só acreditaria se visse as marcas dos cravos em suas mãos e pusesse sua mão em seu lado (João 20:25). Sua atitude cética pode refletir uma mentalidade judaica que valorizava a evidência física e concreta. Isso ressoa com a tradição judaica que valorizava a experiência pessoal e a confirmação empírica.
Confissão de Tomé e Jesus: Quando Jesus se encontra com Tomé e oferece a ele a oportunidade de tocar suas feridas, Tomé confessa: "Meu Senhor e meu Deus!" (João 20:28). Essa confissão reflete uma profunda compreensão teológica de quem Jesus é, mas também pode ter implicações culturais, considerando a reverência e o respeito pelo Senhor expressos na cultura judaica.
Portanto, para entender plenamente João 20:19-31, é crucial considerar os aspectos culturais judaicos da época, incluindo o contexto de medo e opressão política, a importância da experiência sensorial na confirmação da verdade e as nuances das atitudes dos discípulos, especialmente a dúvida de Tomé e sua subsequente confissão.
6. Que valores da comunidade o autor está confrontando?
O autor do Evangelho de João está confrontando vários valores e crenças da comunidade judaico-cristã do final do primeiro século. Aqui estão alguns dos principais valores que o autor aborda e desafia:
A Expectativa do Messias: O autor confronta a visão tradicional da comunidade judaica sobre o Messias. Enquanto muitos judeus esperavam um Messias terreno e político que libertaria Israel do domínio romano, o autor apresenta Jesus como um Messias espiritual cujo reino não é deste mundo (João 18:36).
A Autoridade Religiosa: O autor desafia a autoridade dos líderes religiosos judeus da época, destacando suas resistências a aceitar Jesus como o Messias prometido e sua oposição ao movimento cristão emergente. Isso é evidente nas narrativas sobre o conflito de Jesus com os fariseus e os líderes do templo.
A Importância da Lei e da Tradição: O autor questiona a ênfase excessiva na observância da lei e da tradição judaica, apresentando Jesus como aquele que traz uma nova aliança baseada na fé e no amor, em vez de rituais e obrigações legais (João 1:17, 13:34).
A Exclusividade Religiosa: O autor desafia a visão exclusivista da comunidade judaica, que considerava os gentios como estrangeiros espirituais. Em vez disso, o autor enfatiza a universalidade do evangelho de Jesus e sua oferta de salvação para todos os povos (João 3:16, 10:16).
A Natureza da Fé e da Discipulado: O autor redefine a natureza da fé e do discipulado, enfatizando a necessidade de uma fé pessoal e íntima em Jesus e uma relação de amor e obediência com ele, em vez de uma adesão meramente externa à religião (João 3:16, 14:15).
Em resumo, o autor do Evangelho de João confronta os valores e crenças da comunidade judaica de sua época ao apresentar uma visão radicalmente nova de Jesus como o Messias espiritual, desafiando as expectativas tradicionais sobre sua identidade e missão, e propondo uma compreensão mais profunda da fé e da vida em comunidade.

Contexto Literário

A passagem de João 20:19-31 faz parte do Evangelho de João, que é um dos quatro Evangelhos do Novo Testamento da Bíblia Cristã. Em termos de gênero literário, o Evangelho de João é uma obra teológica narrativa, que inclui elementos de narrativa histórica e teológica.
Mais especificamente, a passagem de João 20:19-31 é uma narrativa que descreve eventos após a ressurreição de Jesus, incluindo sua aparição aos discípulos reunidos e sua interação com Tomé. Nessa passagem, encontramos elementos narrativos, como descrições de ações e diálogos entre personagens.
Além disso, dentro do Evangelho de João, essa passagem contribui para os temas teológicos recorrentes, como a natureza da fé, a importância da ressurreição de Jesus e a missão dos discípulos. Portanto, embora a passagem seja uma narrativa histórica dos eventos pós-ressurreição, ela também serve como veículo para expressar ensinamentos teológicos e espirituais.
1. Qual é a estrutura geral do livro bíblico no qual estou pregando?
2. Como a estrutura desse livro se relaciona ao propósito da obra?
O Evangelho de João possui uma estrutura literária cuidadosamente elaborada, que se diferencia dos Evangelhos Sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) em diversos aspectos. Aqui está a estrutura geral do Evangelho de João:
Prólogo (João 1:1-18): O Evangelho começa com um prólogo teológico profundo que estabelece a identidade e a natureza de Jesus Cristo como o Verbo (Logos) de Deus que se fez carne e habitou entre os seres humanos. Ele aborda temas de criação, revelação e encarnação.
Ministério Público de Jesus (João 1:19 - 12:50): Esta seção narra o ministério público de Jesus, incluindo seus ensinamentos, milagres e interações com várias pessoas e grupos, como Nicodemos, a mulher samaritana e os líderes religiosos. Destaca-se a revelação progressiva da identidade e missão de Jesus.
Ministério Privado de Jesus (João 13:1 - 17:26): Esta seção se concentra nos últimos momentos de Jesus com seus discípulos antes da crucificação, incluindo a Última Ceia e os discursos de despedida, onde Jesus ensina e prepara os discípulos para sua partida.
Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus (João 18:1 - 20:31): Esta parte descreve os eventos que levaram à prisão, julgamento, crucificação, morte e ressurreição de Jesus. Inclui os momentos finais de Jesus, sua crucificação, sepultamento e ressurreição, bem como suas aparições aos discípulos após a ressurreição.
Epílogo (João 21:1-25): O Evangelho termina com um epílogo que narra uma aparição de Jesus aos discípulos em Galileia e sua interação com Pedro. Também aborda o papel de Pedro no ministério futuro da igreja e encerra o Evangelho com uma nota de reflexão e conclusão.
Essa estrutura geral mostra como o Evangelho de João não apenas narra os eventos da vida e do ministério de Jesus, mas também apresenta uma profunda reflexão teológica sobre sua identidade, missão e significado para a humanidade.
3. Onde a minha passagem se situa dentro da estrutura geral do livro?
4. Existe algum tema geral na sessão na qual a minha passagem se situa?
Sim, há um tema geral na seção onde a passagem de João 20:19-31 se situa. Essa seção aborda os eventos imediatamente após a ressurreição de Jesus e enfatiza a importância da fé na ressurreição para os discípulos e para todos os que viriam a acreditar nele.
Um tema central nessa seção é a experiência da presença de Jesus ressuscitado e a transformação que essa experiência traz para os discípulos. Aqui estão alguns aspectos desse tema:
Paz e Alegria na Presença de Jesus: Quando Jesus aparece aos discípulos reunidos, sua primeira palavra é "Paz esteja convosco" (João 20:19), transmitindo-lhes paz e alegria na sua presença. Isso destaca a importância da presença de Jesus como fonte de paz e alegria para os crentes.
Confirmação da Ressurreição: Jesus mostra aos discípulos suas mãos e seu lado, evidências de sua crucificação, para confirmar que ele realmente ressuscitou (João 20:20). Isso enfatiza a importância da evidência visual da ressurreição para fortalecer a fé dos discípulos.
Missão dos Discípulos: Jesus comissiona os discípulos para continuarem sua missão de reconciliação e perdão, capacitando-os com o Espírito Santo (João 20:21-23). Isso destaca a continuidade da missão de Jesus através dos discípulos, agora fortalecidos pela presença do Espírito Santo.
Dúvida e Fé: A experiência de Tomé, que inicialmente duvida da ressurreição de Jesus e depois confessa sua fé ao vê-lo, ilustra a importância da fé na ressurreição para a salvação (João 20:24-29). Isso demonstra como a fé é fundamental para a experiência cristã e como a dúvida pode ser superada pela experiência pessoal com Jesus.
Portanto, um tema geral na seção de João 20:19-31 é a experiência da presença de Jesus ressuscitado e sua transformadora influência na vida dos discípulos, destacando a importância da fé na ressurreição para a salvação e a continuidade da missão cristã.
5. O fato de minha perícope estar nessa sessão revela alguma informação importante para a interpretação?
Sim, o fato de que a passagem de João 20:19-31 está incluída nessa seção do Evangelho de João revela informações importantes para a interpretação da passagem. Aqui estão algumas das implicações desse contexto para a interpretação da passagem:
Contexto da Ressurreição de Jesus: A passagem ocorre imediatamente após a ressurreição de Jesus, o que a coloca em um momento crucial na narrativa do Evangelho de João. Isso destaca a importância da ressurreição de Jesus como evento central na fé cristã e a transformadora influência que esse evento teve sobre os discípulos.
Experiência da Presença de Jesus Ressuscitado: A passagem narra a experiência dos discípulos ao encontrarem-se com Jesus ressuscitado, o que ressalta a realidade da ressurreição e a continuidade da presença de Jesus entre seus seguidores mesmo após sua morte. Isso enfatiza a importância da presença contínua de Jesus na vida da comunidade cristã.
Desafio da Dúvida e Necessidade de Fé: A narrativa inclui a experiência de Tomé, que inicialmente duvida da ressurreição de Jesus e depois confessa sua fé ao vê-lo. Isso destaca o tema da dúvida e da fé na passagem e ressalta a importância da fé na ressurreição para a experiência cristã.
Comissão Missionária dos Discípulos: A passagem também inclui a comissão missionária de Jesus aos discípulos, que são enviados para continuar sua missão de reconciliação e perdão. Isso destaca a continuidade da missão de Jesus através de seus seguidores e ressalta a importância da testemunha da ressurreição na proclamação do evangelho.
Portanto, o contexto em que a passagem de João 20:19-31 está inserida fornece informações cruciais para a interpretação da passagem, destacando a importância da ressurreição de Jesus, a experiência da presença de Jesus ressuscitado, o desafio da dúvida e da fé, e a comissão missionária dos discípulos.
6. A minha perícope sofre influência da passagem anterior? Se sim, por quê?
Influência da Passagem Anterior (João 20:1-18): A passagem anterior em João 20 descreve a descoberta do túmulo vazio por Maria Madalena e os eventos que se seguiram, incluindo sua interação com Jesus ressuscitado. Essa passagem estabelece o contexto imediato para a passagem de João 20:19-31, preparando o terreno para a experiência dos discípulos com Jesus ressuscitado. A descoberta do túmulo vazio por Maria Madalena cria um clima de expectativa e mistério em relação à ressurreição de Jesus, o que influencia a reação dos discípulos quando Jesus aparece a eles mais tarde.
7. A minha perícope influencia a perícope posterior? Se sim, como?
Influência na Passagem Posterior (João 21:1-25): A passagem posterior em João 21 narra uma aparição de Jesus aos discípulos na praia de Tiberíades e inclui uma interação específica entre Jesus e Pedro. Embora esta passagem tenha uma estrutura independente, ela é influenciada pela passagem de João 20:19-31 em termos de continuidade temática e teológica. A confissão de fé de Tomé em João 20:28 ("Meu Senhor e meu Deus!") pode ecoar temas de confissão e reconhecimento da divindade de Jesus que são desenvolvidos na interação entre Jesus e Pedro em João 21.
8. Quais são as frases chave da passagem?
Frases-Chave:
"No entanto, estavam trancadas as portas do lugar onde estavam os discípulos, com medo dos judeus..." (João 20:19): Esta frase estabelece o cenário inicial da passagem, mostrando os discípulos reunidos em um local fechado por medo das autoridades judaicas."A paz seja convosco!" (João 20:19): Jesus cumprimenta os discípulos com palavras de paz ao aparecer entre eles após sua ressurreição, demonstrando sua presença e autoridade."E, havendo dito isto, mostrou-lhes as suas mãos e o lado. De sorte que os discípulos se alegraram, vendo o Senhor." (João 20:20): Jesus mostra aos discípulos suas mãos e seu lado como prova de sua ressurreição, trazendo alegria aos discípulos."Recebei o Espírito Santo" (João 20:22): Jesus confere aos discípulos o Espírito Santo, capacitando-os para o cumprimento de sua missão."Porque nos mostrou o Senhor." (João 20:25): Tomé expressa sua dúvida em relação à ressurreição de Jesus e afirma que só acreditaria se visse as marcas dos cravos em suas mãos."Meu Senhor e meu Deus!" (João 20:28): A confissão de fé de Tomé após ver Jesus ressuscitado, reconhecendo sua divindade e senhorio.
9. Quais são as palavras chave (os os referentes = sobre o que o texto fala)?
Discípulos, Medo, Paz, Mãos, Alegria, Senhor, Espírito, Santo, Tomé, Dúvida, Fé, Confissão.

Contexto teológico

O contexto teológico da passagem de João 20:19-31 é profundamente enraizado na ressurreição de Jesus Cristo e nas implicações teológicas desse evento central para a fé cristã. Aqui estão alguns aspectos do contexto teológico dessa passagem:
Ressurreição de Jesus: A passagem ocorre após a ressurreição de Jesus Cristo dos mortos, um evento central na fé cristã. A aparição de Jesus aos discípulos ressalta a realidade da ressurreição e sua vitória sobre o pecado e a morte, estabelecendo uma base teológica para a esperança e a salvação dos crentes.
Presença contínua de Jesus: A passagem destaca a presença contínua de Jesus entre seus discípulos mesmo após sua ressurreição. Isso tem implicações teológicas significativas, pois demonstra que Jesus está vivo e ativo na vida de seus seguidores, oferecendo paz, alegria e o Espírito Santo como fonte de fortalecimento e capacitação.
Confirmação da Identidade de Jesus: Ao mostrar aos discípulos suas mãos e seu lado, Jesus confirma sua identidade como aquele que foi crucificado e ressuscitou dos mortos. Isso ressalta sua identidade como o Messias prometido e o Filho de Deus, e fortalece a fé dos discípulos em sua divindade.
Poder e Autoridade de Jesus: A concessão do Espírito Santo por Jesus aos discípulos destaca seu poder e autoridade como o Senhor ressuscitado. Isso os capacita para a missão de proclamar o evangelho e conceder o perdão dos pecados em seu nome, mostrando a continuidade do ministério de Jesus através de seus seguidores.
Desafio da Dúvida e Chamado à Fé: A experiência de Tomé, que inicialmente duvida da ressurreição de Jesus e depois confessa sua fé ao vê-lo, destaca o desafio da dúvida e o chamado à fé para os crentes. Isso ressalta a importância da fé na ressurreição para a salvação e a necessidade de uma resposta pessoal à revelação de Jesus Cristo.
Portanto, o contexto teológico da passagem de João 20:19-31 é profundamente marcado pela realidade da ressurreição de Jesus e suas implicações para a identidade, presença, poder e autoridade de Jesus, bem como para o chamado à fé e à missão dos crentes.
1.Como aquilo que o autor está dizendo se relaciona com o restante das escrituras? (Análise canônica)
A análise canônica busca entender como um texto específico se relaciona com o restante das Escrituras dentro do cânon bíblico, considerando a coesão e a unidade das escrituras como um todo. Nesse sentido, a passagem de João 20:19-31 se relaciona com o restante das Escrituras de várias maneiras:
Cumprimento das Profecias do Antigo Testamento: A ressurreição de Jesus, como descrita nesta passagem, cumpre as profecias do Antigo Testamento, que antecipavam a vinda do Messias e sua vitória sobre a morte. Por exemplo, o Salmo 16:10 profetiza que o Messias não veria a corrupção, e a ressurreição de Jesus confirma essa promessa.
Contexto das Escrituras Judaicas: O Evangelho de João, incluindo a passagem de João 20:19-31, tem raízes profundas no contexto das Escrituras judaicas. A identificação de Jesus como o Messias, Filho de Deus e Senhor é uma continuação e cumprimento das promessas e expectativas do Antigo Testamento.
Continuidade com os Evangelhos Sinóticos: Embora o Evangelho de João seja distinto dos Evangelhos Sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) em estilo e ênfase, há uma continuidade temática e narrativa entre eles. A ressurreição de Jesus é um evento central em todos os Evangelhos, e a passagem de João 20:19-31 se relaciona com as narrativas da ressurreição nos outros Evangelhos.
Contexto da Teologia Bíblica: A passagem se relaciona com os temas teológicos centrais das Escrituras, como a redenção, o perdão dos pecados, a revelação de Deus em Jesus Cristo e a missão da igreja. Esses temas são desenvolvidos em todo o cânon bíblico e têm implicações para a compreensão da passagem de João 20:19-31.
Revelação Progressiva de Deus: A passagem se encaixa na narrativa mais ampla da revelação progressiva de Deus ao longo das Escrituras, culminando na encarnação, morte e ressurreição de Jesus Cristo como o ápice da revelação divina. Isso conecta a passagem com as narrativas do Antigo e do Novo Testamento que apontam para a obra redentora de Deus na história humana.
Em resumo, a passagem de João 20:19-31 se relaciona com o restante das Escrituras por meio do cumprimento das profecias do Antigo Testamento, do contexto das Escrituras judaicas, da continuidade com os Evangelhos Sinóticos, dos temas teológicos centrais e da narrativa da revelação progressiva de Deus. Essa análise canônica ajuda a situar a passagem dentro do contexto mais amplo das Escrituras e a compreender sua relevância para a mensagem bíblica como um todo.
2.O que Deus está dizendo para a Igreja?
Deus oferece paz e segurança aos seus seguidores, mesmo em meio ao medo e à incerteza (João 20:19).Deus revela sua presença contínua através do Espírito Santo, capacitando os crentes para cumprir sua missão (João 20:22).Deus desafia a dúvida e convida à fé, como visto na interação com Tomé (João 20:27-29).Deus confirma a divindade de Jesus e sua vitória sobre a morte, fortalecendo a fé da comunidade cristã (João 20:28-29).
3.Em que tema doutrinário se enquadra a passagem?
Ressurreição: A ressurreição de Jesus é o evento central da passagem e é fundamental para a fé cristã.Presença do Espírito Santo: Jesus confere o Espírito Santo aos seus discípulos, destacando a obra contínua do Espírito na vida da Igreja.Identidade de Jesus: A confissão de Tomé ("Meu Senhor e meu Deus!") enfatiza a divindade de Jesus, um tema doutrinário crucial.Fé e dúvida: A interação com Tomé ressalta a importância da fé e da confiança em Jesus, mesmo diante da dúvida.
4. Quais são os textos paralelos dessa passagem?
Existem vários textos paralelos em outros Evangelhos que narram eventos semelhantes à passagem de João 20:19-31:
Lucas 24:36-43: Lucas relata a aparição de Jesus aos discípulos após sua ressurreição, onde ele lhes oferece paz e mostra-lhes suas mãos e seus pés.Mateus 28:16-20: Mateus registra a comissão final de Jesus aos discípulos, onde ele promete estar com eles até o fim dos tempos, semelhante à concessão do Espírito Santo em João 20:22.Marcos 16:14-20: Marcos inclui a aparição de Jesus aos discípulos e sua comissão para pregar o evangelho a toda a criação.
5. Existe algo sobre esse princípio no Catecismo ou em outros Documentos da Igreja?
6. Existe algum Santo que trata sobre esse assunto?

Comentário:

Passagem

ANÁLISE DO TIPO E A ESTRUTURA DO TEXTO

1. Quais são os blocos do texto?
Bloco 1: Aparição de Jesus aos Discípulos no Dia da Ressurreição (João 20:19-23)
Este bloco descreve a primeira aparição de Jesus aos discípulos após sua ressurreição.Inclui a cena dos discípulos reunidos em um local fechado por medo, a aparição de Jesus no meio deles, sua saudação de paz, a mostra das mãos e do lado, e a concessão do Espírito Santo aos discípulos.
Bloco 2: A Dúvida de Tomé (João 20:24-25)
Este bloco destaca a dúvida de Tomé em relação à ressurreição de Jesus.Tomé não estava presente quando Jesus apareceu aos discípulos, e ele expressa sua incredulidade em relação ao testemunho deles sobre a aparição de Jesus.
Bloco 3: A Aparição de Jesus a Tomé (João 20:26-29)
Neste bloco, Jesus aparece novamente aos discípulos, incluindo Tomé, oito dias depois.Jesus desafia a dúvida de Tomé, convidando-o a tocar suas feridas e a crer.Tomé então confessa sua fé em Jesus como Senhor e Deus.
Bloco 4: Propósito do Evangelho de João (João 20:30-31)
Este bloco conclui a passagem com uma declaração do propósito do Evangelho de João.O autor afirma que os sinais relatados no Evangelho foram escritos para que os leitores creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenham vida em seu nome.
Essa divisão em blocos ajuda a entender a estrutura e o fluxo da passagem de João 20:19-31, destacando os principais eventos e temas apresentados ao longo do texto.
2. Quais são os títulos de cada bloco?
3. Quais são os símbolos e imagens utilizados pelo autor?
O autor do Evangelho de João emprega uma variedade de símbolos e imagens ao longo da passagem de João 20:19-31 para transmitir mensagens teológicas e enfatizar aspectos importantes da narrativa. Aqui estão alguns dos símbolos e imagens utilizados:
Portas Trancadas: As portas trancadas do lugar onde os discípulos estavam reunidos simbolizam o medo e a sensação de isolamento que os discípulos experimentaram após a crucificação de Jesus. A aparição de Jesus no meio deles, apesar das portas estarem trancadas, representa a capacidade de Jesus de superar as barreiras e trazer paz aos corações temerosos.
Paz: Quando Jesus aparece aos discípulos, sua primeira palavra é "Paz seja convosco!" Essa saudação não apenas tranquiliza os discípulos, mas também simboliza a paz que só pode ser encontrada na presença de Jesus ressuscitado. Isso representa a paz espiritual e a reconciliação com Deus que são disponibilizadas através da obra redentora de Jesus.
Mãos e Lado Ferido de Jesus: Quando Jesus mostra aos discípulos suas mãos e seu lado, ele exibe as marcas da crucificação. Essas feridas não apenas confirmam a identidade de Jesus como o crucificado e ressuscitado, mas também simbolizam sua obra redentora e o sacrifício que ele fez por amor à humanidade.
Confissão de Tomé: A confissão de fé de Tomé, onde ele exclama "Meu Senhor e meu Deus!", é um momento crucial na passagem. Essa confissão não apenas reconhece a divindade de Jesus, mas também simboliza a transformação da incredulidade em fé e a aceitação pessoal de Jesus como Senhor e Salvador.
Respiração e Concessão do Espírito Santo: Quando Jesus sopra sobre os discípulos e concede-lhes o Espírito Santo, isso simboliza a capacitação divina para a missão que eles receberam. O sopro de Jesus ecoa o sopro de Deus que dá vida ao homem no relato da criação, representando a renovação espiritual e a infusão de poder divino nos discípulos.
Esses são alguns dos principais símbolos e imagens utilizados pelo autor do Evangelho de João na passagem de João 20:19-31, cada um deles contribuindo para transmitir mensagens teológicas profundas e enfatizar a importância da ressurreição de Jesus e da fé em sua divindade.

Qual é a Ideia exegética?

Elaboração da ideia exegética
Qual é o assunto do texto?O assunto principal do texto é a aparição de Jesus ressuscitado aos seus discípulos, incluindo sua interação com eles e a manifestação de sua presença divina após sua crucificação e ressurreição.
O que e como o autor fala sobre esse assunto?O autor, João, narra detalhadamente os eventos que ocorreram quando Jesus apareceu aos seus discípulos após sua ressurreição. Ele descreve como Jesus apareceu no meio deles, mesmo com as portas trancadas, e como ele os saudou com palavras de paz. O autor também destaca a incredulidade inicial de Tomé e sua subsequente confissão de fé quando ele vê Jesus e toca suas feridas.
Qual é a natureza do requisito legal?Não há um requisito legal específico abordado na passagem de João 20:19-31. Em vez disso, o foco está na manifestação da presença de Jesus ressuscitado aos seus discípulos e nas implicações teológicas dessa experiência para a fé cristã.
Qual é o propósito da lei para o Antigo Israel?Enquanto a passagem não trata diretamente do propósito da lei para o Antigo Israel, o Evangelho de João e o Novo Testamento como um todo sugerem que a lei do Antigo Testamento tinha o propósito de revelar o caráter santo de Deus, mostrar a natureza do pecado humano e preparar o caminho para a vinda do Messias, que é Jesus Cristo. A lei servia como um guia moral e um padrão de justiça para o povo de Israel, mas sua plenitude e perfeição são realizadas em Jesus, como mencionado em várias passagens do Novo Testamento.
Qual seria a ideia exegética ou central desse texto?
A ideia exegética de João 20:19-31 envolve uma análise cuidadosa do texto para compreender seu significado histórico, teológico e prático dentro do contexto do Evangelho de João e do Novo Testamento como um todo. Aqui está uma ideia exegética geral dessa passagem:
Aparição de Jesus Ressuscitado aos Discípulos: O texto narra a aparição de Jesus ressuscitado aos seus discípulos reunidos. Ele se manifesta a eles mesmo estando as portas trancadas, demonstrando sua vitória sobre a morte e sua capacidade de transcender as limitações físicas.
Transmissão da Paz e do Espírito Santo: Jesus saúda os discípulos com palavras de paz e, em seguida, sopra sobre eles e concede-lhes o Espírito Santo. Isso simboliza a paz espiritual que Jesus oferece aos seus seguidores e a capacitação divina através do Espírito Santo para a missão que receberam.
A Dúvida de Tomé e sua Confissão de Fé: O texto destaca a dúvida inicial de Tomé em relação à ressurreição de Jesus e sua exigência de provas tangíveis. No entanto, quando Jesus se revela a ele e lhe oferece as provas que deseja, Tomé confessa sua fé em Jesus como Senhor e Deus. Isso ressalta a importância da fé e da experiência pessoal na jornada espiritual de cada indivíduo.
Propósito Teológico do Evangelho de João: O texto conclui com uma declaração do propósito teológico do Evangelho de João, que é escrito para que os leitores creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenham vida em seu nome. Isso destaca a importância da fé em Jesus para a salvação e a vida abundante que ele oferece aos que creem nele.
Portanto, a ideia exegética de João 20:19-31 envolve a compreensão dos eventos narrados, a exploração de seus significados teológicos e a aplicação de suas lições à vida cristã contemporânea.
Faça uma ideia exegética nesse texto, usando: Quem? Quando? O que? Porque? Onde? Para que? Para quem? Como?
Quem?
Os principais personagens incluem Jesus Cristo, seus discípulos, com destaque para Tomé, e o autor, João.
Quando?
O texto narra eventos que ocorreram logo após a ressurreição de Jesus, especificamente no primeiro dia da semana (domingo) após a crucificação de Jesus.
O que?
Jesus aparece aos discípulos, mesmo estando as portas trancadas, e lhes oferece paz.Ele mostra suas mãos e seu lado aos discípulos como prova de sua ressurreição.Jesus concede o Espírito Santo aos discípulos e os comissiona para continuar sua obra.Tomé, um dos discípulos, duvida da ressurreição de Jesus, mas depois confessa sua fé ao ver Jesus pessoalmente.
Porque?
Jesus aparece aos discípulos para confortá-los e fortalecê-los após sua ressurreição, trazendo paz e confirmando sua identidade como o Messias.Ele mostra suas feridas como prova tangível de sua ressurreição e para fortalecer a fé dos discípulos.Jesus concede o Espírito Santo aos discípulos para capacitá-los a continuar sua missão de proclamar o evangelho.A dúvida de Tomé e sua subsequente confissão de fé destacam a importância da fé pessoal em Jesus.
Onde?
Os eventos descritos ocorrem em Jerusalém, provavelmente em uma casa onde os discípulos estavam reunidos.
Para que?
Os eventos ocorrem para confirmar a ressurreição de Jesus, fortalecer a fé dos discípulos e capacitá-los para sua missão de proclamar o evangelho.A dúvida de Tomé e sua confissão de fé servem para destacar a importância da fé pessoal em Jesus para a salvação.
Para quem?
O texto foi escrito para os primeiros cristãos e para todos os leitores posteriores do Evangelho de João, para que possam crer que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e tenham vida em seu nome.
Como?
Jesus aparece milagrosamente aos discípulos, mesmo com as portas trancadas.Ele oferece palavras de paz e mostra suas feridas como prova de sua ressurreição.Jesus sopra sobre os discípulos e concede-lhes o Espírito Santo.A dúvida de Tomé é superada quando ele vê Jesus pessoalmente e toca suas feridas.
Essa análise fornece uma visão detalhada dos eventos, personagens e significados teológicos do texto de João 20:19-31, destacando a importância da ressurreição de Jesus e da fé nele para a vida cristã.

Aplicação

Existe uma ordem para que eu obedeça?
A passagem não contém uma ordem direta para obedecer, mas podemos extrair princípios de obediência à vontade de Jesus Cristo, como responder à sua chamada para crer nele como o Messias e o Filho de Deus.
Existe uma promessa a ser cumprida?
Uma das promessas implícitas nesta passagem é a presença contínua de Jesus com seus discípulos através do Espírito Santo, capacitando-os para a missão de proclamar o evangelho e concedendo-lhes paz e alegria em sua presença.
Existe um exemplo a ser seguido?
Podemos seguir o exemplo de fé e confiança demonstrado por Tomé, que, mesmo em sua dúvida inicial, acabou confessando sua fé em Jesus como Senhor e Deus quando o viu pessoalmente.
Existe algum pecado a ser evitado ou confessado?
A dúvida de Tomé pode servir como um exemplo do perigo da incredulidade e da importância de buscar evidências e confiar na palavra de Jesus. Além disso, podemos refletir sobre nossa própria necessidade de fé em Jesus e nos arrependermos de qualquer incredulidade em nossas vidas.
Há algum motivo para ação de graças ou elogio?
Sim, podemos agradecer a Deus pela revelação de sua presença e poder em Jesus Cristo, pela promessa da paz que ele oferece aos seus seguidores e pela oportunidade de conhecer e crer nele como o Filho de Deus.
O que esta passagem me ensina sobre Deus, Jesus, eu mesmo, os outros?
A passagem ensina sobre a presença contínua de Jesus com seus seguidores, sua capacidade de trazer paz e alegria mesmo em meio ao medo e à incerteza, a importância da fé pessoal em Jesus para a salvação e a missão dos crentes de proclamar o evangelho. Também destaca a tendência humana à dúvida e a necessidade de buscar evidências para fortalecer nossa fé.

Qual é a ideia homilética?

O que esse texto bíblico faz a esse público usando as questões: O que? Como? Por que? Para que?

Qual é o melhor tipo de roteiro a ser utilizado?

Elementos que podem ser utilizados nas partes do Desenvolvimento

Leitura de parte do texto bíblico :
Explicação do contexto geral do livro:
O pregador oferece uma visão geral do Evangelho de João, incluindo sua autoria, data e propósito. Pode destacar a ênfase única de João na divindade de Jesus e na importância da fé em sua obra redentora.
Explicação do contexto da passagem empregada:
O pregador explora o contexto imediato da passagem, discutindo os eventos que levaram à aparição de Jesus aos discípulos após sua ressurreição.
Explicação do significado de alguma palavra da passagem:
O pregador pode destacar o significado de palavras-chave na passagem, como "paz" (shalom), "Espírito Santo" (pneuma hagion) e "fé" (pistis).
Explicação de algum dado histórico ou cultural:
O pregador pode fornecer informações sobre o contexto histórico e cultural da passagem, como a prática judaica de trancar portas por medo de perseguição ou o significado simbólico do sopro de Jesus sobre os discípulos.
Passagens bíblicas paralelas:
O pregador pode citar passagens paralelas em outros Evangelhos que relatam eventos semelhantes à passagem de João 20:19-31, como Lucas 24:36-43 e Mateus 28:16-20.
Citações da tradição da igreja:
O pregador pode incluir citações dos Pais da Igreja ou de escritos da tradição cristã que oferecem insights sobre o texto ou temas relacionados.
Citação do magistério da igreja:
O pregador pode incluir citações de documentos do Magistério da Igreja que tratam de doutrinas relacionadas ao texto, como o Catecismo da Igreja Católica.
Citação de Santos:
O pregador pode citar ensinamentos de santos reconhecidos pela igreja que oferecem perspectivas espirituais sobre o texto.
Citação de outros livros teológicos:
O pregador pode fazer referência a comentários bíblicos ou obras teológicas que oferecem insights adicionais sobre o texto e sua aplicação.
Aplicação desta passagem:
O pregador aplica os ensinamentos da passagem à vida cotidiana dos ouvintes, desafiando-os a viver de acordo com os princípios do Evangelho e a crescer em sua fé em Jesus Cristo.
Ilustração - testemunho:
O pregador pode compartilhar um testemunho pessoal ou uma história ilustrativa que demonstre como os princípios da passagem se aplicam na vida real.
Historinhas:
O pregador pode incluir histórias breves ou parábolas que ajudem a ilustrar os pontos principais da mensagem e a tornar os ensinamentos mais acessíveis aos ouvintes.

Roteiro de Pregação

Comentário:

A teologia do versículo 22?
O versículo 22 de João 20 é um momento significativo em termos de teologia pneumática, isto é, a teologia do Espírito Santo. Ele diz: "E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo."
Este versículo encapsula a concessão do Espírito Santo por parte de Jesus aos seus discípulos. Aqui estão alguns aspectos importantes da teologia presente neste versículo:
Concessão do Espírito Santo por Jesus: Este evento marca a transição da missão de Jesus para a missão da igreja. Jesus, ao soprar sobre os discípulos, confere-lhes o Espírito Santo, capacitando-os para o ministério que se seguirá após sua partida física.
Continuidade do Ministério de Jesus: O ato de soprar sobre os discípulos evoca o sopro de Deus que deu vida ao homem no relato da criação. Isso sugere a continuidade do ministério de Jesus através do Espírito Santo, que agora estaria presente com os discípulos para guiá-los e capacitá-los em sua obra.
Capacitação para o Ministério: A concessão do Espírito Santo não é apenas um evento teológico, mas também prático. Os discípulos são capacitados pelo Espírito para cumprir a Grande Comissão de Jesus, indo pelo mundo para fazer discípulos de todas as nações.
Culminação da Obra Redentora de Jesus: A concessão do Espírito Santo é parte integrante do cumprimento das promessas de Jesus aos seus seguidores. Isso representa a realização da obra redentora de Jesus, que não se limita apenas à sua morte e ressurreição, mas se estende à capacitação contínua da igreja pelo Espírito Santo.
Vínculo com a Tradição Judaica: O ato de soprar sobre os discípulos pode evocar imagens da criação do homem por Deus no livro do Gênesis, bem como a concessão do Espírito por Deus aos profetas no Antigo Testamento. Isso estabelece uma continuidade entre a tradição judaica e a nova comunidade cristã.
Em resumo, o versículo 22 de João 20 representa um momento crucial na teologia do Espírito Santo, destacando a concessão e a capacitação do Espírito por Jesus aos seus discípulos para o ministério e a missão da igreja.
20:20 viram o Senhor Em Seu discurso de despedida, Jesus havia ensinado aos discípulos que Sua ressurreição viria após Sua morte (João 13:31-16:33).
20:22 soprou Depois que os discípulos afirmam que Jesus é Deus, Ele sopra sobre eles, como Deus havia soprado a vida em Adão (Gênesis 2:7).
Tanto em hebraico quanto em grego, a palavra para "fôlego" também é a palavra para "espírito". Jesus sopra o Espírito de Deus, o Espírito Santo, nos discípulos. Ao fazer isso, Ele restaura a intenção original de Deus - Seu povo assume Sua imagem novamente. Eles também se tornam portadores de ordem em um mundo caótico, curando as pessoas e transmitindo-lhes palavras de vida: a mensagem de Jesus, que veio de Deus como Deus em forma humana, sofreu e morreu pelos pecados de todos, para que todos possam ter vida eterna. Compare a nota sobre João 17:2.
O Espírito Santo em John DJG
Receber o Espírito Santo Jesus havia prometido isso antes de Sua morte (14:16, 26).
20:23 eles lhes são perdoados Uma referência ao trabalho do Espírito Santo nas pessoas. O Espírito Santo é aquele que perdoa e usa os crentes para transmitir Suas palavras e mensagem, cumprindo a vontade de Deus. Isso se encaixa no papel do Espírito como defensor dos pecadores (veja a nota sobre 14:26).
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Redemptoris Missio (Português) O Envio «até aos Confins da Terra» (Act 1, 8)

O envio «até aos confins da terra» (Act 1, 8)

22. Todos os evangelistas, ao narrarem o encontro de Cristo Ressuscitado com os Apóstolos, concluem com o mandato missionário: «foi-Me dado todo o poder no céu e na terra Ide, pois, ensinai todas as nações (…) Eu estarei convosco todos os dias, até ao fim do mundo» (Mt 28, 18–20; cf. Mc 16, 15–18; Lc 24, 46–49; Jo 20, 21–23).

Esta missão é envio no Espírito, como se vê claramente no texto de S. João: Cristo envia os Seus, ao mundo, como o Pai O enviou a Ele; e, para isso, concede-lhes o Espírito. Lucas põe em estreita relação o testemunho que os Apóstolos deverão prestar de Cristo com a acção do Espírito, que os capacitará para cumprir o mandato recebido.

23. As várias formas do «mandato missionário» contêm pontos em comum, mas também acentuações próprias de cada evangelista; dois elementos, de facto, encontram- se em to das as versões. Antes de mais, a dimensão universal da tarefa confiada aos Apóstolos: «todas as nações» (Mt 28, 19); «pelo mundo inteiro, a toda a criatura» (Mc 16, 15); «todos os povos» (Lc 24, 47); «até aos confins do mundo» (Act 1, 8). Em segundo lugar, a garantia, dada pelo Senhor, de que, nesta tarefa, não ficarão sozinhos, mas receberão a força e os meios para desenvolver a sua missão; estes são a presença e a potência do Espírito e a assistência de Jesus: «eles, partindo, foram pregar por toda a parte, e o Senhor cooperava com eles» (Mc 16, 20).

Quanto às diferenças de acentuação no mandato, Marcos apresenta a missão como proclamação ou kerigma: «anunciai o Evangelho» (Mc 16, 15). O seu evangelho tem como objectivo levar o leitor a repetir a confissão de Pedro: «Tu és o Cristo» (Mc 8, 29) e a dizer como o centurião romano diante de Jesus morto na cruz: «verdadeiramente este Homem era o Filho de Deus» (Mc 15, 39). Em Mateus, o acento missionário situa-se na fundação da Igreja e no seu ensinamento (cf. Mt 28, 19–20; 16, 18); nele, o mandato evidencia a proclamação do Evangelho, mas enquanto deve ser completada por uma específica catequese de ordem eclesial e sacramental. Em Lucas, a missão é apresentada como um testemunho (cf. Lc 24, 48; Act 1, 8), principalmente da ressurreição (Act 1, 22); o missionário é convidado a crer na potência transformadora do Evangelho e a anunciar a conversão ao amor e à misericórdia de Deus — que Lucas ilustra muito bem —, a experiência de uma libertação integral até à raiz de todo o mal, o pecado.

João é o único que fala explicitamente de «mandato» — palavra equivalente a «missão» — e une directamente a missão confiada por Jesus aos seus discípulos, com aquela que Ele mesmo recebeu do Pai: «assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós» (Jo 20, 21). Jesus, dirigindo-se ao Pai, diz: «assim como Tu Me enviaste ao mundo, também Eu os envio ao mundo» (Jo 17, 18). Todo o sentido missionário do Evangelho de S. João se pode encontrar na «Oração Sacerdotal»: a vida eterna é «que Te conheçam a Ti, único Deus Verdadeiro, e a Jesus Cristo, a Quem enviaste» (Jo 17, 3). O fim último da missão é fazer participar na comunhão que existe entre o Pai e o Filho: os discípulos devem viver a unidade entre si, permanecendo no Pai e no Filho, para que o mundo conheça e creia (cf. Jo 17, 21.23). Trata-se de um texto de grande alcance missionário, fazendo-nos entender que somos missionários sobretudo por aquilo que se é, como Igreja que vive profundamente a unidade no amor, e não tanto por aquilo que se diz ou faz.

Portanto os quatro Evangelhos, na unidade fundamental de mesma missão, manifestam todavia um pluralismo, que reflecte as diversas experiências e situações das primeiras comunidades cristãs. Também esse pluralismo é fruto do impulso dinâmico do Espírito, convidando a prestar atenção aos vários carismas missionários e às múltiplas condições ambientais e humanas. No entanto, todos os evangelistas sublinham que a missão dos discípulos é colaboração com a de Cristo: «Eu estarei convosco todos os dias, até ao fim do mundo» (Mt 28, 20). Assim a missão não se baseia na capacidade humana, mas na força de Cristo ressuscitado.

O Espírito guia a missão

24. A missão da Igreja, tal como a de Jesus, é obra de Deus, ou, usando uma expressão frequente em S. Lucas, é obra do Espírito Santo. Depois da ressurreição e ascensão de Jesus, os Apóstolos viveram uma intensa experiência que os transformou: o Pentecostes. A vinda do Espírito Santo fez deles testemunhas e profetas (cf. Act 1, 8; 2, 17–18), infundindo uma serena audácia, que os leva a transmitir aos outros a sua experiência de Jesus e a esperança que os anima. O Espírito deu-lhes a capacidade de testemunhar Jesus «sem medo».

Quando os evangelizadores saem de Jerusalém, o Espírito assume ainda mais a função de «guia» na escolha tanto das pessoas como dos itinerários da missão. A Sua acção manifesta-se especialmente no impulso dado à missão que, de facto, se estende, segundo as palavras de Cristo, desde Jerusalém, por toda a Judeia e Samaria, e vai até aos confins do mundo.

A expressão «sem medo» corresponde ao termo grego parresia, que significa também entusiasmo, vigor; cf. Act 2, 29; 4, 13. 29. 31; 9, 27. 28; 13, 46; 14, 3; 18, 26; 19, 8. 26; 28, 31.

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